sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A catota e o cíume


Quarta-feira, noite típica de inverno numa cidade grande e fria. O casal se despede dos amigos, entra correndo no carro e após a partida, ligam o aquecedor. Gigi e Diego são daqueles casais em que o rapaz é o mais jovem da relação, uma diferença de sete anos mesmo os dois possuindo vinte e poucos anos. A mulher estava na direção e resolveu pegar um atalho, passando por ruas estreitas rodeadas de árvores de um parque da cidade onde as pessoas adoram fazer caminhadas e jogar conversa fora nos finais de semana.
Gigi começa então a falar sobre os problemas de seu trabalho, a dificuldade em lidar com alguns colegas e a irritação proporcionada por essa interações. Num certo momento, o carro para no semáforo e Diego faz um grande esforço para interagir com a namorada nesse diálogo com cara de monólogo. “Está verde”, avisa o rapaz para a moça distraída que não para de falar.
O carro passa o farol e entra numa extensa avenida da cidade que os conduzirá as imediações da casa de Diego. Já cansado de ouvir as reclamações de Gigi, distraidamente introduz o dedo indicador numa das narinas e começa a limpar o salão, um desses cutucões onde o dedo faz movimentos meio circulares e profundos no nariz. Após alguns segundos, percebe que há um veículo emparelhado acompanhando o trajeto do carro. Ao olhar pela janela, percebe que está protagonizando um show apreciado por alguns estudantes entediados que estavam numa Van retornando para casa. “É mesmo! O Campus da Universidade fica por aqui...”, após esse rápido pensamento, o jeito mesmo é assumir o cutucão, então começa a se insinuar com o dedo no nariz para a sua platéia. A reação é surpreendente e leva o público ao delírio. Alguns estudantes estavam acordando os sonolentos da Van para assistir ao espetáculo.
Gigi ao perceber que seu namorado estava inquieto, ao olhar para o lado, percebeu que uma estudante já estava com parte do corpo para fora da janela soltando gritinhos histéricos e rindo da cena que acompanhava. Indignada, perguntou: “Diego o que é isso? Paquerando essa vagaba bem na minha frente?”. Com o dedo no nariz, o rapaz respondeu: “Claro que não, estou limpando o nariz com o dedo e o pessoal estava olhando, daí resolvi tornar a situação divertida” e virou-se rapidamente para atender os espectadores, exibindo caretas, sem tirar o dedo do nariz.
Mas a moça insistiu: “Para com isso, ela não tem que ficar te olhando não. Para de dar bola para essa guria”. “Bola para essa guria? Gigi isso é uma brincadeira, que mulher no universo seria conquistada por um homem que chega nela com um dedo no nariz? Isso não existe...”. Nesse momento o carro do casal acelerou, passou a Van, Diego consegui dar um tchauzinho com a outra mão para os seus fãs e adiante entraram numa rua apenas para se distanciar da Van.
Gigi ficou muito magoada naquela noite, sentiu-se traída por Diego que a trocou por uma qualquer e ainda fez isso estando ao seu lado! Por mais que Diego explicasse a brincadeira e argumentasse coerentemente que dificilmente uma mulher se sentiria atraída por um homem com o dedo dentro do nariz, a mágoa levou alguns dias para ser superada. Mas talvez a coisa mais irônica que aconteceu nesse relacionamento foi Gigi ter traído Diego com um suposto amigo, mais velho e mais gordo que ele sem nunca ter ciúme da atenção que ela oferecia ao rapaz. Vá entender...

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O que estou fazendo - out 2009


Estou meio sumido para uns e muito presente para outros. Para quem sente minha ausência, lá vai um balanço do que estou fazendo entre os meses de agosto e outubro do estranho ano de 2009:

* Estou em Mauá: voltei para essa cidade meio na surdina, para procurar emprego e voltar a morar na grande São Paulo. Estou com fone novo, quem quiser me peça que eu passo via e-mail, orkut, twitter, etc...

* Estou tentando escrever uma graphic novel: como gosto de histórias, resolvi escrever uma sobre Zumbis na cidade de São Paulo. Meio inspirado por Admirável Mundo Novo de Huxley, estou escrevendo essa história e o Sugoi na medida do impossível está fazendo a arte, se isso vai sair, é uma outra história...

* Estou procurando emprego: sim, nas áreas de Logística e PCP. Quero muito voltar a atuar nessas áreas e também voltar a estudar para entrar no mercado como professor. Por enquanto, estou na correria para conseguir algumas entrevistas.

* Sai da MPC: é estranho escrever isso: "sai da MPC", mas fiz isso para focar minhas energias e recursos para a atuação numa área onde eu tenha retorno fincanceiro. Preciso comprar comida né... Dependendo, essa saída da MPC é um até logo...

* Estou procurando uma comunidade cristã em SP: sou um cara como outro qualquer, portanto, sou um cafajeste...rs Procuro um grupo de pessoas que vivam uma experiência cristã comunitária e estejam dispostas a receber mais um pecador. Dia desses eu vou dar um pulo na CBM (acho que é isso), comunidade do meu amigo Rubão. Aceito indicações, desde que sejam para grupos de pessoas que saibam que são pecadoras e dependam de Jesus para viver, do contrário, não me convide nem por educação.

* Estou enchendo o saco do meu primo Tiago: com ele fechei os jogos Castlevania 3 e Battletoads, conheci o jogo do The Warriors (muito louco) e pensamos sobre soluções para o desemprego, economia, informática, a vida, o universo e tudo o mais...

* Fui no acampamento do JV/FLAM/ABUB: o que valeu a pena foi a presença do meu bro Esdras (sou muito grato a esse cara), a entrevista que fiz com o Paulinho do site irmaos.com, a palestra sobre vida digital do Gustavo Da Hora (foi dá hora meu), das preleções de Taís Machado (seria uma Nane contextualizada?) e Binja (a verdade da mentira da verdade já foi fruto de algumas reflexões minhas) e claro, da super entrevista que fiz com o Cal sobre piercings e suas curiosidades.

* Conversas com o China: outro bro. Os nossos diálogos tem sido muito reflexivos e claro, engraçados. Foram esses papos que me fizeram voltar a comer os lanches do Extra, mais baratos e com alguma sustança.

* Visita Dani e Diguinho + MPC SP: mais gente que eu amo. O pastel na frente do Pacaembu foi demais. Mais nossos diálogos e afetos sempre são o ponto alto dos nossos encontros. Acertei com a MPC SP um esquema para escrever mensalmente no Blog sobre personagens da história da Igreja. A primeira pessoa que será apresentada é o respeitável James Houston, um dos últimos grandes pensadores cristãos do século XX e discípulo de Jesus que muito me ensina.

* Visita Família Coutinho: olha aí, mais gente querida. E de quebra o Manu apareceu. É bacana ser cercado por gente bacana. Simples assim.

Mando um Salve para o Demétrius, a Cris e a Rebeka de Cerquilho, para o Sugoi de Mauá, o Germano de São Paulo, a Nana de Manaus e a Analice de João Pessoa.